Por Mónica Brito,
Há palavras que invadem o nosso quotidiano, que são ditas e repetidas numerosas vezes, sem que paremos para refletir sobre o seu significado. Empreendedorismo é uma delas!
Instalou-se no discurso político, no académico e no do cidadão comum, tornou-se objeto de investigação, tema para diferentes níveis de formação, solução para o desemprego e uma via para o encaminhamento dos inúmeros recém-licenciados que anualmente saem das Universidades e Politécnicos incertos quanto caminho a percorrer.
O Empreendedorismo tornou-se um desígnio nacional (mais um). As incubadoras, qual cogumelos, surgem por todo o país, canibalizando-se, sem qualquer especialização que as diferencie entre si, justifique a sua existência e assegure a sua competitividade. Não há município, instituição de ensino superior, núcleo empresarial que neste momento não tenha, ou não queira ter, um projeto de incubação e empreendedorismo, construindo e/ou adaptando infraestruturas para o efeito, desfocando-se da sua missão e esquecendo as organizações, algumas em geografias tão próximas, geneticamente vocacionadas para o efeito.
Artigo completo disponível na edição em papel de 26 de abril de 2018, n.º 714