Por Filomena Pinela,
Escrevo-vos neste final, frio, de 2017. Foi um ano extraordinário na nossa vivência como povo. Aconteceram muitas coisas felizes como a inédita vitória no Festival da Canção, repetidos sucessos no mundo futebol, o facto de ter um português à frente dos destinos da ONU, a visita do Papa Francisco no centenário das Aparições e por outro lado, foi tempo de enormes desgraças de que destaco a quantidade de mortes, em consequência dos fogos florestais, no último verão.
Sobre esse assunto gostaria de dizer da importância do ordenamento florestal e da preservação das zonas de montado que
também servem de barreira à desertificação.
É necessário dar primazia à floresta autóctone sobre eucaliptos e pinheiros. É terrível que tenha de morrer gente de
forma hedionda, às dezenas, para que se reconheça o descontrole a que chegámos. Esperamos que essas mortes não tenham
sido em vão e que mais que alterações na lei, se verifique uma mudança de mentalidade e atitude no momento de reflorestar.
Também é tempo de encarar de frente a desertificação do interior e encontrar formas de a combater.
Artigo completo disponível na edição em papel de 19 de dezembro de 2017, n.º 706